Vendido ou doado, tudo que se faz no mundo é para ser consumido por alguém. Sempre há o trabalho de alguém que detectou a necessidade e elaborou a solução, seja qual for o problema. Muito se fala dos inventores que produziram maravilhas modernas, mas poucos se lembram dos vendedores que fizeram daqueles produtos um sucesso. No entanto, ainda existem muitas maravilhas desenvolvidas por cientistas e inventores que continuam na obscuridade por falta de um bom trabalho de venda daqueles produtos.
Existem sim muitas boas ideias sobre praticamente tudo e sobre cada problema do dia a dia, mas são poucos os vendedores que conseguem promover tais ideias em negócios viáveis.
Cada profissional, seja do nível técnico ou superior, dedica sua vida de trabalho para atender às necessidades dos outros que precisam dos seus serviços. Todo profissional é um vendedor de serviços. Só não vende quem vive de subsistência pela própria produção (na verdade, nunca conheci ninguém assim). Cada profissional seja médico, dentista, engenheiro, advogado, jogador, professor, lavrador ou qualquer outra atividade, depende do sucesso de suas vendas, da venda de sua produção. É verdade que alguns desses profissionais se alugam por hora para produzirem serviços que serão vendidos por seus contratantes, os empresários do setor.
Aprender a vender os próprios serviços é uma necessidade de sobrevivência no estado capitalista em que vivemos.
Vender não é uma simples técnica de atendimento das necessidades do outro, vai mais além, pois nem sempre o outro tem clareza nas suas necessidades, pois nem sempre o outro chega ter clareza de qual seja o problema que exija alguma solução. Na maioria das vezes o que aparece é um desconforto com o que vive ou uma vontade do que não tem.
Tornar-se vendedor é desenvolver a capacidade de ajudar os outros a resolverem os seus problemas. Se eu sou professor, vou ajudar o outro a aprender um determinado assunto; se sou dentista, vou ajudar o outro a ter uma dentição melhor e mais bonita; se sou enfermeiro, vou acolher o enfermo com meu conhecimento e minha técnica; assim, se for o que for, especialista sempre nesse detalhe, vou emprestar os meus conhecimentos para solução dos problemas dos outros.
Tornar-se vendedor pode levar toda uma vida de aprendizagem nas artes de pesquisa, retórica, gramática, entre outras áreas do conhecimento.
Propomos orientar um estudo inicial para quem queira se iniciar na atividade explícita de vendas, pois muitos, ou quase todos, já executam a tarefa de forma implícita sem dar conta disso.
Sobre o produto
A composição do mix do produto: características, atributos, vantagem, serventia e benefícios. Muitos “vendedores” tentam a vida nessa atividade sem mesmo aprender o mínimo sobre os produtos ou serviços que dispõem de apresentar.
Sobre a técnica da venda
A abordagem para conseguir a atenção e despertar o interesse, a demonstração dos fatores de solução dos problemas do cliente, a ação efetiva de transformar uma demonstração num contrato de venda.
Sobre a pessoa do vendedor
A atitude profissional baseada na verdade, a clareza na exposição das ideias, a firmeza nos fechamentos de contrato.
Entre em contato para o planejamento de seu desenvolvimento profissional.
Joe Girard
Sou “O Vendedor Número Um de Carros Novos do Mundo”. Caso pense que eu mesmo tenha me dado esse título, deixe-me esclarecê-lo. Fui assim classificado pelo Livro Guinness de Recordes Mundiais. O título ainda me pertence. Até o momento em que escrevo, ninguém conseguiu me tomar o cetro, ninguém bateu o meu recorde: 1.425 carros novos vendidos num único ano. não foram vendidos em frotas, mas um a um, a varejo, cara a cara. O que o Livro Guinness de Recordes Mundiais não menciona é que na verdade, eu vendo o Produto Mundial Número Um, que não é absolutamente um automóvel: sou eu, Joe Girard.
Na relação capital e trabalho foi desenvolvida uma visão paternalista do “emprego”, tanto que muitas pessoas vivem por aí “pedindo” emprego; mas na verdade, ninguém “dá” emprego. Outras saem a “procura” de emprego, como se houvessem empregos perdidos.
Esse nível de relação, a aceitação de que assim é que funciona, tem levado muita gente a uma vida infeliz, dependente da vontade dos outros.
Tomamos o exemplo de Joe Girard, o maior vendedor de carros novos do mundo, para mostrar que não é carro que ele vende; poderia ser um bom vendedor em qualquer coisa, ele vende a própria imagem.
Vender-me, eu? não sou prostituta; é a resposta que se ouve quando da colocação da necessidade de ser um vendedor de si próprio. Acontece que, mesmo uma prostituta, quando profissional, não vende o seu corpo, presta um serviço. Como já se viu em marketing, ninguém compra um produto, mas o benefício que se espera do produto. Portanto, pode se vender que não será seu corpo que estará em questão, nem mesmo sua alma, mas o que se espera do seu serviço.