Terceira idade na escola

saúde integral na busca da valorização pessoal

Água parada cria bicho – era expressão costumeira dos mestres dos tempos antigos.

Até bem pouco tempo a idade média do brasileiro beirava os 50 anos, mas os avanços da medicina, da alimentação e da qualidade de vida, foram promovendo maior longevidade, sendo muito comum, em todas as famílias, parentes com mais de 80 anos.

Aposentados aos 50 anos, muitos profissionais nada mais conseguem que faça jus a sua dignidade, pois o sistema esqueceu de prever a existência de um contingente maduro disponível para o mercado de trabalho e para a vida social intensa.

A escola na maturidade

Uma das alternativas mais dignificantes e saudáveis existentes hoje, é a Universidade para a Terceira Idade.

De início, até para muitos, é uma atividade terapêutica ocupacional ou afetiva, a busca do suprimento de uma carência desenvolvida por inadequação do mercado de trabalho e/ou da própria família.

Alguns, logo de início e outros ao longo dos cursos, começam a perceber, ou resgatar os seus valores mais altruístas. Em pouco tempo muitos estão envolvidos em atividades culturais, sociais e comunitárias de grande relevância, o que certamente aumenta a vitalidade e a qualidade de vida.

Alguns, eventualmente desvalorizados diante s novas estruturas de família, conseguem desenvolver maior auto estima a partir da descobertas de possibilidades e talentos pessoais, oferecidos em programas especiais para a idade madura.

não servisse para outra coisa, que não a ocupação do tempo do idoso, a atividade de escola para a terceira idade já teria seu mérito, mas o empreendimento não para aí.

Benefício Comunitário

Isso tem gerado uma série de resultados até então nunca alcançados, tais como acontecido em Bragança, quando um grupo de senhoras foi solicitado pelo Fórum local a fazer acompanhamento sanitário e educacional de uma família. A justiça tivera tirado a criança dos cuidados da m ãe adolescente a partir de denúncias de mal tratos. O trabalho de orientação das senhoras, junto a m ãe e a avó, propiciaram uma reeducação nos procedimentos de vida, tanto em hábitos alimentares quanto  de higiene e organização doméstica. Após algum tempo o despacho do juiz foi favorável reintegração familiar da criança, graças ao trabalho das voluntárias.

ROSSI, P.S. Terceira idade na escola. Folha da Mantiqueira. Piracaia-SP, 08 nov 1997, p.5

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