Coletânea de afirmações: Rogers Carl R. (1991) Tornar-se Pessoa. São Paulo: Martins Fontes
- Nas minhas relações com as pessoas descobri que não ajuda, a longo prazo, agir como se eu fosse alguma coisa que eu não sou. (p. 28)
- Descobri que sou mais eficaz quando posso ouvir a mim mesmo aceitando-me, e quando posso ser eu mesmo. … Julgo que aprendi isto com meus clientes, bem como através da minha experiência pessoal – não podemos mudar, não podemos afastar do que somos enquanto não aceitarmos profundamente o que somos. (p.29)
- Atribuo um enorme valor ao fato de poder me permitir compreender uma outra pessoa. (p.30)
- Verifiquei que me enriquece abrir canais através dos quais os outros possam comunicar os seus sentimentos, a sua particular percepção do mundo. (p.31)
- É sempre altamente enriquecedor poder aceitar outra pessoa. (p.32)
- Quanto mais aberto estou às realidades em mim e nos outros, menos me vejo procurando, a todo o custo, remediar as coisas. (p.33)
- Posso ter confiança na minha experiência. … quando sinto que uma atividade é boa e que vale a pena prossegui-la, devo prossegui-la. (p.34)
- A apreciação dos outros não me serve de guia. Apenas uma pessoa pode saber que eu procedo com honestidade, com aplicação, com franqueza e com rigor, ou se o que faço é falso, defensivo e fútil. E essa pessoa sou eu mesmo. (p.34)
- A experiência é para mim a autoridade suprema. (p.35)
- Sinto-me satisfeito pela descoberta da ordem pela experiência. … A investigação é um esforço persistente e disciplinado para conferir um sentido e um ordenação aos fenômenos da experiência subjetiva. (p.36)
- Os fatos são sempre amigos. O mínimo esclarecimento que consigamos obter, seja em que domínio for, aproxima-nos muita mais do que é a verdade. (p.37)
- Aquilo que é mais pessoal é o que há de mais geral. (p.37)
- A experiência mostrou-me que as pessoas têm, fundamentalmente, uma orientação positiva. … Acabei por me convencer de que quanto mais um indivíduo é compreendido e aceito, maior tendência tem para abandonar as falsas defesas que empregou para enfrentar a vida, e para progredir num caminho construtivo. (p.38)
- A vida, no que tem de melhor, é um processo que flui, que se altera e onde nada está fixado. (p.38)
Penso que é possível agora ver claramente por que razão não existe filosofia, crença ou princípios que eu possa encorajar ou persuadir os outros a terem ou a alcançarem. não posso fazer mais do que tentar viver segundo a minha própria interpretação da presente significação da minha experiência, e tentar dar aos outros a permissão e a liberdade de desenvolverem a sua própria liberdade interior para que possam atingir uma interpretação significativa da sua própria experiência. (p.39)