A priori não concordo com o termo psicologia médica, lembra a medicalização de problemas psicológicos. Queria mesmo que fosse somente psicologia da pessoa, ou melhor ainda, a saúde da pessoa. Quando se fala de pessoa não se restringe ao conjunto orgânico, nem ao arcabouço social, nem ao repertório psicológico, fala-se do todo: a pessoa integral no seu meio ambiente. O ser vivente, vivendo. Não dá para isolar um fator de vida, como se faz quando da assepsia de um ferimento num dedo e sua proteção com a cobertura com gazes e esparadrapos.
Somente para efeito didático, fazemos um recorte da realidade, destacando a atuação e o sofrimento de três personagem genéricos: O paciente, o médico e o estudante de medicina. É impossível generalizar qualquer característica de cada personagem, mas trataremos de juntar identidades (aquilo que é semelhante em contextos específicos) na tentativa de antecipar ações para a redução de danos na relação profissional médico-paciente, na relação de ensino professor-aluno, na relação de aprendizagem aluno-paciente.