Motivação

  1. introdução

Quando se pergunta: “por que algo aconteceu?”; “o que faz isso acontecer?”; “como isso pode acontecer?”; sempre se tem a intenção de perguntar o nexo causal, qual foi a causa primeira de tais acontecimentos, ou, melhor ainda, se pergunta qual é (ou foi) o motivo para tal ação – a motivação.

  1. Maslow

Abraham Maslow (1908-1970) foi um dos fundadores da psicologia humanista, movimento deflagrado na década de 60 (séc. XX). Acusava os psicólogos em geral, notadamente a psicanálise, de estudarem somente as pessoas doentes; subestimando a capacidade de realização do ser humano saudável. (P.Schultz, 2004). Propôs uma “hierarquia de necessidades”, dizendo ser um arranjo de necessidades inatas que direciona o comportamento humano.

Pirâmide de Maslow

Fisiológicas: necessidades básicas de sobrevivência do corpo físico, tal como comer, beber e descansar.

Segurança: necessidades de ordem e estrutura. Segurança pessoal e psicológica.

Socialização: necessidade de afiliação e amor; aceitação social.

Estima: Necessidade de status, de valorização pelos outros, egocentrismo.

Autorrealização: independência, altruísmo, realização pessoal.

Conforme T.Schultz (2004:304):

A visão de Maslow sobre a personalidade é humanista e otimista. Ele focalizou a saúde psicológica, em vez de enfermidade, o desenvolvimento, em vez da estagnação, as virtudes e os potenciais, em vez das fraquezas e limitações. Ele possuía um forte senso de confiança em nossa habilidade de molda a vida e a sociedade. Pesquisou pessoas realizadoras e descreveu algumas características pessoais comuns aos realizadores (T.Schultz, 2004; 300/303):

  • Percepção clara da realidade; percebendo o mundo de forma clara e sem preconceitos.
  • Aceitação de si, dos outros e da natureza; aceitando virtudes e fraquezas.
  • Espontaneidade, simplicidade e naturalidade; franqueza e segurança, ideias e ideais.
  • Dedicação a uma causa; consciência de uma missão, foco em problemas externos a si mesmos, vocação, prazer no empreendimento.
  • Independência e necessidade de privacidade; senso de desprendimento, liberdade, autonomia.
  • Vigor e apreço; espanto e admiração, valorização e deleite, apreciação.
  • Experiências místicas e culminantes; êxtase, transcendência religiosa ou não.
  • Interesse social; proximidade e compreensão com relação aos outros.
  • Relações interpessoais profundas; círculos de compatibilidades, atraem admiradores.
  • Estrutura democrática de caráter; tolerantes e compreensivos, aceitação.
  • Criatividade; inventivas e originais, flexíveis e espontâneas, francas e humildes.
  • Resistência à aculturação; independência, autossuficiência, natureza própria.

 

  1. Murray

Henry Murray (1893-1988), neo-psicanalista, divergiu de Freud, gostava de Adler e conviveu com Jung. Seu grande estudo não envolveu pessoas doentes, foi com estudantes de Harvard, onde lecionou até se aposentar em 1962. Desenvolveu o estudo da personalidade que chamou de “personologia”:

  1. a personalidade está enraizada no cérebro e pode sofrer alterações por drogas;
  2. envolve a idéia de redução da tensão (não a eliminação);
  3. desenvolve ao longo de todo tempo, envolve aprendizado passado e influência do contexto;
  4. não é estática, muda e evolui ao longo do tempo;
  5. singularidade e similaridade entre as pessoas, o ser humano nunca é igual, mas muito parecido com todos.

Seu Teste de Apercepção Temática (TAT), desenvolvido com Morgan Prince, continua sendo um teste projetivo de medições da personalidade ainda muito utilizado.Consiste em apresentar figuras ambíguas para a produção pessoal do cliente. É um teste de avaliação subjetiva.

Quanto às necessidades, conforme T.Schultz (2004;187):

Necessidades primárias: necessidades de sobrevivência relacionadas provenientes de processos físicos internos; Necessidades secundárias: necessidades emocionais e psicológicas, como realização e afiliação; Necessidades reativas: necessidades que envolvem uma resposta a um objeto específico; Necessidades pró-ativas: necessidades que surgem espontaneamente

 

  1. Apropriação

Alunos de Marketing: Pesquisar, para relatar em aula, uma situação de mercado onde esteja implícita uma das teorias apresentadas. Alunos de Recursos Humanos: Pesquisar, para relatar em aula, uma situação de empresa onde esteja implícita uma das teorias apresentadas.

  1. Glossário

Nexo – junção entre duas ou mais coisas; ligação, vínculo, união; ligação entre situações, acontecimentos ou ideias; coerência; estrutura de ligação; classificação de uma melodia quanto à direção de seus intervalos, que podem ser ascendentes ou descendentes. (Houaiss, 2001)

 

  1. Referências Bibliográficas

Houaiss, Antonio. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro – Editora Objetiva, 2001 [CD]

P.Schultz. Duane. Teorias da personalidade. São Paulo: Pioneira Thomson, 2004. 530 p.

 

 

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