Fenomenologia da percepção

Certa feita, eu estava no carro com um amigo, quando tocou uma música e paramos de falar. Ao terminar a música comentei da letra; o amigo, que estuda ukulele, comentou dos acordes do violão e disse não ter prestado atenção na letra. Eu nem havia notado que havia um violão naquela música. O mundo não é o mesmo para duas pessoas. Viver através dos sentidos está limitado aos conjuntos de referências internas.

Vivo neste corpo, percebo os fenômenos através dos meus sentidos, faço contatos com o mundo e me sinto no mundo através dos sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar.

Visão, através dos olhos que mandam feixes de luz para o cérebro que interpreta conforme as minhas referências internas;

Audição, através dos tímpanos que mandam faixas de som para o cérebro que interpreta conforme as minhas referências internas;

Tato, através da pele que transformam o contato em mensagens enviadas para o cérebro que interpreta conforme as minhas referências internas;

Olfato, através dos sensores que identificam compostos gasosos químicos e enviam informações para o cérebro que interpreta conforme as minhas referências internas;

Paladar, através das papilas gustativas que emitem informações para o cérebro que interpreta conforme as minhas referências internas.

Em todos os casos as informações passam pelo meu cérebro que interpreta tais dados conforme as referências que já tenho. São poucas as aprendizagens de algo novo, pois aprender implica em mudar referências pessoais.

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