Certa feita, tendo entrado numa nova empresa, fui desafiado, na primeira reunião com os colegas, a mostrar o quem era o novato. Pensei rápido no que poderia fazer e fui para um quadro branco disponível no local. Solicitei a atenção dos companheiros para a resolução de um problema inusitado.
Apresentei um texto para que cada participante desse a opinião e depois coloquei o grupo em discussão para a tentativa de um acordo.
Era uma dinâmica que já utilizava por mais de vinte anos.
Realizada a dinâmica e demonstrada a fragilidade em se discutir o que não se conhece, todos gostaram do que viveram e aprenderam naquela primeira hora de minha apresentação. Fui muito elogiado pelo trabalho apresentado.
Soube depois que, passado um mês, meu gerente foi participara de uma reunião regional e levou a “dinâmica”, pensando repetir o sucesso que eu havia conseguido na minha primeira apresentação; foi um fracasso, virou motivo de risos.
Seja qual for a ferramenta de trabalho, é necessário que se pratique para desenvolver habilidades suficientes para o bom resultado do uso da ferramenta.
Quando fiz a pós-graduação em “Didática do Ensino Superior”, diante a tantas reclamações sobre a falta de condições ideais para o ensino, resolvi testar minha habilidade no enfrentamento de conflitos em situações desfavoráveis.
Apliquei essa dinâmica em doze grupos de oito instituições diferentes. No final de cada evento os participantes puderam avaliar diversos itens. Em todos os grupos, as piores notas foram a impressão inicial e a expectativa do processo; as melhores foi a satisfação final com o evento e a habilidade do instrutor da dinâmica. (disponível em www.psrossi.com)
Nada como saber o que está fazendo, nada como saber usar a ferramenta do jeito certo.
Dinâmica de grupo não é brincadeirinha para entretenimento de reuniões.