A psicologia na comunicação.

Não existe uma ciência chamada psicologia, mas diversas vertentes que se intitulam psicologia. Algumas beiram a medicina, outras beiram a antropologia, outras beiram as religiões, e não sou eu quem vai dizer o que é certo ou errado. Da minha parte estou mais próximo do que se denominou psicologia humanista, a partir de Maslow, seguindo os estudos de Carl Rogers, aqui denominado Abordagem Centrada na Pessoa.

Toda ciência, como processo de estudo de um objeto, tem uma coerência interna e por isso é respeitada. Não há verdade científica, mas o último artigo publicado numa revista importante.

Estou colocando isso para alertar alguns oradores que se aventuram a falar de psicologias como se fosse do seu domínio e apresentam “o samba do crioulo doido”. Algumas palavras são propriedade de uma vertente de estudos psicológicos, tais como a pulsão é da psicanálise, o condicionamento é da comportamental, a aceitação incondicional é da humanista, o insight é da Gestalt, mas alguns misturam tudo criando o absurdo de dizer de um “insight condicionado pela pulsão”, ou coisas do gênero. É como marcar um gol num jogo de basquete.

Se eu utilizo a psicologia humanista, a partir de Maslow, vou fazer um discurso apresentando os conceitos de necessidades básicas como sendo as fisiológicas e de segurança, as intermediárias de socialização e reconhecimento, a superior de realização. Não poderei justificar uma necessidade básica pelos pressupostos psicanalíticos de Freud ou Jung.

O mínimo que se pede quando do uso de alguma teoria é a honestidade profissional de respeitar a ciência posta, seja ela de que origem for.

 

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